Greve no HMB é marcada por protestos e indignação da população de Barueri
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), após decretar greve por tempo indeterminado no Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB), em Barueri, participou nesta segunda-feira (17) de uma manifestação junto com o Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), percorrendo as principais ruas de cidade até a prefeitura. O dia foi marcado por protesto e indignação com o prefeito Rubens Furlan, que aceitou de maneira inconsequente que a Organização Social Instituto Hygia, que administrava o HMB, demitisse 1.300 trabalhadores sem o pagamento de seus direitos, sem proposta para pagamento das verbas rescisórias, causando revolta em todos os colaboradores.
Com a saída do Instituto Hygia, o hospital passou por intervenção da Prefeitura. Após alguns meses, a prefeitura abriu processo licitatório em que a vencedora foi a SPDM. O desmonte de tudo foi a não sub-rogação dos trabalhadores, os demitindo sem nenhuma proposta de pagamento de verbas rescisórias, além de FGTS descontados dos trabalhadores sem repasse, entre várias irregularidades. A única forma que o SEESP encontrou após assembleia com os Enfermeiros foi deflagrar a greve, acionar Ministério Público do Trabalho, a Delegacia Regional do Trabalho e cumprir todos os trâmites legais jurídico para que os direitos dos Enfermeiros sejam respeitados.
Segundo o diretor Péricles Batista, que esteve participando das manifestações representando a presidente do SEESP, Dra. Solange Caetano, “o ato foi o momento certo de levar todas as informações para os Munícipes, esclarecendo o que realmente os colaboradores do Hospital Municipal vem enfrentado após anos de dedicação, além de todas as dificuldades que a equipe de enfermagem encontra para poder exercer uma assistência de enfermagem de qualidade para os nossos pacientes, convivendo com falta de insumos para trabalhar, e agora com a incerteza do recebimento das verbas rescisórias”.
“O SEESP continuará firme na luta junto aos nossos Enfermeiros, pois não vamos aceitar nenhum direito a menos. A população de Barueri recebeu bem o nosso protesto, todos os locais por onde passaram teve apoio da comunidade”, afirmou a presidente Solange Caetano.
“Durante o ato nos dirigimos a porta da prefeitura para conversar com o prefeito, mas infelizmente não fomos recebidos. É revoltante como os trabalhadores são tratados pelo Rubens Furlan, a luta contínua não vamos retroagir”, afirmou Péricles Batista. “É contraditória essa atitude da prefeitura, que acaba de assinar um contrato com o Instituto Hygia para administrar um pronto-socorro em Barueri. Se essa instituição foi tão ruim, segundo o próprio prefeito, a ponto de pedir fiscalização, porque colocar o Hygia para assumir os trabalhadores novamente?”, questiona.
No próximo dia 20 terá mesa de negociação entre prefeitura e sindicatos no Ministério do Trabalho e Emprego, antes da SPDM assumir a administração do HMB.
