O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, junto com cerca de outras 500 mulheres, participou de encontro com a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves (Cida), em apoio aos projetos e leis defendidos pelo ministério.

Organizado pelo Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras (FNMT), formado pelas centrais sindicais. Vários seguimentos representativos da pauta feminista marcaram presença neste evento.
Três pontos foram destacados: a equiparação salarial entre homens e mulheres, a aplicação da convenção 190 da OIT [Organização Internacional do Trabalho], que reconhece o direito de as pessoas serem livres da violência e assédio no ambiente laboral, independentemente de categoria e status contratuais; e a mudança no Bolsa Atleta para proteger a atleta gestante para dar a ela uma oportunidade de mais igualdade com um atleta homem.
Durante o evento, também foi mencionado o Projeto de Lei de igualdade salarial, o qual foi apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Esse projeto foi recentemente aprovado e se tornou lei no dia 3 deste mês. A nova legislação estabelece mecanismos avançados de transparência e fiscalização no que diz respeito à questão salarial, visando combater a discriminação de trabalhadores com base em critérios como sexo, raça, etnia, origem ou idade. Além disso, a lei prevê penalidades para as empresas que desrespeitarem essas determinações, tornando o ambiente de trabalho mais justo e igualitário.
As diretoras do SEESP, Ivonildes e Ana Firmino avaliam que houve uma “significativa troca de informações e conhecimentos sobre as necessidades de diversos grupos de mulheres, enfatizando especialmente a solidariedade entre elas, uma vez que constituem atualmente a maioria da população e é quem mais utilizam os serviços públicos.”
Além dos temas em debate a cargo do ministério das Mulheres, o encontro solidarizou-se com as deputadas que estão sendo ameaçadas de cassação por se posicionarem contra o obscurantismo e a violência política. As seis deputadas federais estão ameaçadas de cassação na Câmara dos Deputados são Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Érica Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP).
As diretoras do SEESP expressam preocupação diante da presença de uma parcela do congresso que ocupa posições de poder e manifesta atitudes misóginas, o que acaba por dificultar a participação política das mulheres. “As parlamentares enfrentam desafios e resistência por parte de alguns que não respeitam a igualdade de gênero e desvalorizam o importante trabalho que elas desempenham em busca de um país mais justo”.
Com informações do site da CUT