Aumentam os assassinatos por armas de fogo, no Brasil

 Aumentam os assassinatos por armas de fogo, no Brasil

O Brasil teve em um ano, aumento de 24% nos assassinatos por arma de foto. A informação é do SIM – Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde.  Esses dados reforçam o que especialistas defendem há muito tempo: a maior circulação de revólveres, pistolas e afins contribui diretamente com o aumento de assassinatos, ao contrário do que o bolsonarismo apregoa.

Ao todo, o número pessoas assassinadas por armas de fogo de mão — de calibre menor, como pistola e revólveres — foi de 3.118 em 2020, ante 3.878 em 2021, enquanto as mortes ligadas a outros tipos de agressão tiveram redução. 

Especialistas na área da segurança pública dentro e fora do Brasil e evidências científicas vêm mostrando que o maior número de armas tende e a aumentar a violência letal. Antes de o Estatuto do Desarmamento ser sancionado, em 2003, “a velocidade de crescimento dos assassinatos no país desde o início dos anos 1980 era 6,5 vezes maior do que a que passou a vigorar no período subsequente”, diz o Altas da Violência de 2020.

“Pessoas com acesso a arma de fogo tendem a dar respostas mais violentas para a solução de conflitos interpessoais”, aponta artigo do anuário, escrito por Renato Sérgio de Lima e outros professores da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. 

Além dos assassinatos há pessoas feridas por arma de fogo e que não morrem. O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo tem recebido indicações dos profissionais da Enfermagem que aumentou o atendimento desse tipo de paciente nas unidades de saúde, pessoas que nada têm a ver com o crime organizado e que são vítimas da maior circulação de armas de fogo no país.

A presidente do SEESP, Elaine Leoni, diz que é preciso coibir a violência que se dissemina cada dia mais no país. “Temos hoje um presidente que faz apologia das armas de fogo e da violência. Isso precisa cessar. Não se pode resolver os conflitos na base da morte”, afirma.

A violência traz imensos prejuízos de todas as ordens. Famílias são destroçadas, serviços de saúde ficam sobrecarregados e o prejuízo financeiro para a sociedade é grande. 

Elaine Leoni defende uma cultura de paz. “A paz é muito necessária para que se tenha uma vida melhor. Além disso, os reflexos se fazem sentir no próprio serviço de saúde, que deve estar voltado para tratar as doenças e não ficar lotado pelo comportamento animalesco de alguns”.

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