Centrais publicam nota crítica sobre a progressividade da 85/95

CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB se reuniram ontem (22), no Dieese, em São Paulo, para debater a 85/95. A fórmula acaba com o Fator Previdenciário, mas impõe a progressividade por idade para a aposentadoria. Os sindicalistas temem que o governo pretenda adotar a aposentadoria só por idade.

Com pequenas divergências de encaminhamento, as Centrais manifestaram entendimento semelhante quanto à nova fórmula. Para as entidades, houve avanços. “Vamos mostrar aos trabalhadores que a mudança foi conquista do sindicalismo”, afirma Vagner Freitas, da CUT. Também da CUT, o metalúrgico Sérgio Nobre diz que, no ABC, há trabalhadores que já podem se aposentar pelo valor integral.

Miguel Torres, da Força Sindi cal, propõe reforçar a articulação com o Congresso. “Na Força, o entendimento é de que se deve trabalhar pela derrubada do veto”, diz. Além de tratar da questão com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Miguel sugere conversar com os líderes partidários.

NOTA DAS CENTRAIS

“As Centrais Sindicais – CUT, Força, UGT, CTB, Nova Central e CSB – consideram que a fórmula 85/95 para as aposentadorias por tempo de contribuição é uma grande vitória da luta sindical.

Desde 1998, o Fator Previdenciário tem reduzido significativamente o valor das aposentadorias. Com a nova regra, os trabalhadores e trabalhadoras terão direito ao salário-benefício integral.

Por isso, consideramos que, para os futuros aposentados, a nova regra restabelece a justiça previdenciária no País.

As Centrais Sindicais discordam da progressividade da fórmula na nova Medida Provisória encaminhada ao Congresso Nacional.

De forma unânime, as Centrais envidarão esforços de negociação da MP 676/15 e de tratamento do veto presidencial da MP 664/14, junto ao Congresso Nacional e ao Governo, para garantir a aplicação da fórmula 85/95 sem progressividade”.

Presentes – CUT: Vagner Freitas e Sérgio Nobre; Força: Miguel Torres, João Carlos Gonçalves (Juruna) e Sérgio Luiz Leite; UGT: Canindé Pegado e Roberto Santiago; CTB: Wagn er Gomes, Nivaldo Santana e Pascoal Carneiro; Nova Central: Nailton F. de Souza; e CSB: Alvaro Egea.

PPA – O sindicalismo deve aprofundar a participação nos debates do PPA – Plano Plurianual do governo. O Dieese também propôs que as Centrais passem a se posicionar sobre a macroeconomia. “Nosso modelo de desenvolvimento não é o de Joaquim Levy”, diz Vagner Freitas, presidente da CUT. Haverá reunião dia 29.

Fonte: Agência Sindical