Crise na Santa Casa de São Paulo: falta de pagamento segue sem solução
Ontem pela manhã foi realizada mais uma reunião na Superintendência Regional do Trabalho com representantes da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e a diretoria do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP).
Mais uma vez a instituição informou que ainda não há data para quitação do salário de novembro de quem recebe acima de R$6.500,00 e o 13º de todos os trabalhadores.
A chefe de Seção das Relações do Trabalho (SERET), doutora Aylza Gudin, foi enfática ao afirmar que não há mais como sustentar essa situação e o prejuízo aos trabalhadores e que solicitará uma fiscalização na instituição.
Após suspensão da reunião por 30 minutos, a Santa Casa de São Paulo apresentou algumas propostas, entre elas o pagamento de todas as verbas pendentes em 36 parcelas iniciando em agosto, a quitação de forma integral caso consigam vender um imóvel que está à disposição, e o pagamento das multas por atraso 100% em folgas, sendo 1/1. Além disso, a multa por atraso seria paga apenas aos trabalhadores que forem demitidos pela instituição, os que optarem por pedir demissão não receberiam esse valor.
“Nós sempre mantivemos o posicionamento de que as multas por atraso de salário seriam pagas em valor, não em folgas, de acordo com o que rege a Convenção Coletiva de Trabalho firmada entre as partes”, comentou Solange Caetano, presidente do SEESP. “Essa proposta de pagamento em folga não atende e contraria a afirmação da própria Santa Casa de São Paulo que garantiu que a regularização seria em valores”, complementou.
ASSEMBLEIA DEFINITIVA: a diretoria do SEESP estará hoje às 11h em assembleia com os enfermeiros para apresentar o posicionamento da Santa Casa e deliberar, em definitivo, qual a ação a ser tomada.
A Superintendência Regional do Trabalho exigiu que um representante da instituição que tenha poder de decisão esteja presente na próxima reunião, pois é inadmissível a procrastinação desse caso.
“Nosso papel é atender a solicitação dos profissionais que representamos, por isso a extrema importância de todos estarem presentes nessa reunião. A apresentação dessas propostas não garante que os trabalhadores irão aceita-las”, afirmou Solange Caetano.
No dia 25 de março haverá outra reunião na Superintendência em que o SEESP apresentará a decisão dos enfermeiros.