Enfermeiros fazem greve de fome em frente ao Ministério da Saúde

Previsão do grupo é passar 30 dias acampado em greve de fome.
Ministério informou que uma comissão foi criada para avaliar reivindicações.

Do G1 DF

Cerca de 30 enfermeiros estão em greve de fome desde a manhã desta terça-feira (8) em frente à sede do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministério, em Brasília. Segundo os manifestantes, a categoria pretende ficar sem se alimentar por 30 dias, até que a pasta analise um projeto de regulamentação da jornada de trabalho, o aumento do piso salarial e envie o projeto para votação em plenário no Congresso Nacional.
De acordo com uma coordenadora do movimento, Solange Caetano, filiada à Federação Nacional dos Enfermeiros ( FNE), o salário médio dos enfermeiros no país é de R$ 2,5 mil e a ideia é reajustá-lo para R$ 4,8 mil ainda neste ano.

“Hoje a categoria trabalha em média 44 horas por semana e esta jornada não é regulamentada. Queremos a regularização em lei e o cumprimento de 30 horas semanais. Nossa categoria é formada em 84% por mulheres que, geralmente, têm de sustentar a família”, disse.
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde informou que a exigência da regulamentação da jornada de trabalho e o aumento no piso salarial são responsabilidades do Congresso Nacional, pois se referem a projetos de lei. A pasta informou ainda que foi criado um grupo de trabalho para avaliar as mudanças da jornada de trabalho nos sistemas de saúde do país, tanto público quanto privado.


Um grupo de enfermeiros está acampado em frente ao Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministéiros
(Foto: Filipe Matoso/G1)

O movimento montou o acampamento como forma de pressionar o ministro Padilha na assinatura do parecer favorável às reivindicações da categoria. “A gente só pode levar nossas reivindicações ao Congresso após o ministério dar o parecer favorável às nossas reivindicações”, completou.

Dois enfermeiros que participam da greve de fome chegaram a passar mal na manhã desta quarta-feira (9). Ele tiveram que receber auxílio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e estão sendo acompanhados pela equipe médica do acampamento.

Deixe uma Respota

O seu endereço de e-mail não será publicado.