No Dia Nacional da Saúde, ministro interino lança plano de saúde “popular” que pode enfraquecer o SUS
O Ministério interino da Saúde, Ricardo Barros, divulgou nesta sexta-feira (05), Dia Nacional da Saúde, a formação de grupo de trabalho para discutir e elaborar um projeto de plano de saúde de baixo custo, como forma de diminuir os gastos com a saúde. É uma clara tentativa de privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e uma afronta a Constituição Federal que preconiza a saúde como “dever do estado e direito do povo”.
A portaria 1.482 foi publicada no Diário Oficial da União e já está valendo para que se inicie as discussões a respeito do plano de saúde popular.
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), do qual a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) faz parte, afirmou que esta ação não resolverá os problemas do sistema de saúde do país e enfraquecerá a rede de atendimento.
A FNE vê está proposta como mais uma medida de ataque aos direitos dos trabalhadores e a sociedade, pois o SUS foi uma conquista do movimento sanitário a pedido do povo. Para Dra. Solange Caetano, presidente da Entidade e do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), “Saúde não é mercadoria e portanto não pode ser visto nesta ótica capitalista”.