O SEESP protocolou denúncia contra o Hospital São Paulo no MPT, por falta de insumos e materiais

 O SEESP protocolou denúncia contra o Hospital São Paulo no MPT, por falta de insumos e materiais

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo entregou pedido para que o Ministério Público do Trabalho (MPT) apure os fatos contra o HOSPITAL SÃO PAULO – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO, que não estaria garantindo o fornecimento integral dos materiais e insumos necessários para o desenvolvimento das atividades dos profissionais Enfermeiros.

Este fato, se confirmado, coloca em risco não só o paciente, mas também os profissionais que prestam assistência.  “Imaginar que, em meio a pandemia, um hospital de grande porte não tenha condições básicas para o atendimento é assustador, mas infelizmente, é o que está ocorrendo, segundo alguns relatos”, explica a presidente do SEESP, Enfermeira Dra. Solange Caetano.

Referências na matéria do site G1 explicitam a gravidade do problema:

“Não temos antibióticos básicos, a gente não tem nenhuma medicação venosa para tratar náusea, é extremamente frustrante. Às vezes falta soro para diluir um antibiótico que a gente precisa diluir para tratar o paciente”, afirmou Amanda. “Eu já tive que colocar paciente na regulação municipal e estadual por falta de cloreto de sódio, que é uma medicação que custa centavos para o SUS”.

“Patrícia Oliveira Martins tem um filho com fibrose cística, doença rara, que faz tratamento há 16 anos e está internado no hospital há 7 meses. Para evitar que o tratamento seja interrompido, ela mesmo compra medicamentos. ´Sexta-feira comprei 15 simeticona, porque não tinha, comprei 15 para não faltar pro meu filho. Gastei R$ 50, porque peguei em oferta. Se fosse normal iria sair R$ 90″, disse a mãe.

“Também não há disponível, dizem os médicos, luva estéril, gaze, kit para fazer hemograma e medicamentos quimioterápicos, entre outros”.

Na denúncia ao Ministério Público do Trabalho, o SEESP afirma que “expor os profissionais e os usuários do sistema de saúde a está situação é um ato criminoso, ou seja, não se pode entender que o aumento da demanda no atendimento, justifique tamanha improbidade  e má administração como está ocorrendo no sistema de saúde.

A pandemia já dura um ano, sendo que a demanda foi gradativa, depois do primeiro momento de surpresa, com a falta de luvas e máscaras, o que foi superado pela alta na produção. A Diretoria do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo não consegue entender a falta de insumos e materiais básicos de provisão diária, semanal e mensal como deve ser em uma boa administração hospitalar. A presidente do SEESP ressalta que “é obrigação da instituição de saúde fornecer tudo para o tratamento e cuidado do paciente, bem como garantir um ambiente seguro aos profissionais Enfermeiros com os materiais necessários no atendimento dos usuários”.

O SEESP pede que o MPT intime o hospital a prestar esclarecimentos e que tome medidas urgentes para solucionar os problemas. Espera-se que a audiência seja marcada o mais breve possível, assim a situação não venha a ter proporções mais graves. Continuamos de olho! Juntos somos mais fortes!

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