Profissionais da saúde pedem socorro!

 Profissionais da saúde pedem socorro!

Os sindicatos que representam os trabalhadores da saúde que atuam nas unidades básicas da saúde do município de São Paulo, entre eles o Sindicatos dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, divulgaram uma carta aberta à população, ao secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, e às Organizações Sociais que atuam nas APS (Atenção Primária à Saúde). 

Os profissionais elencam uma série de reivindicações para abrandar minimizar as péssimas condições de trabalho e o cansaço a que todos estão submetidos desde que a pandemia começou. Cabe destacar que as condições já não eram ideais mesmo antes da pandemia.

LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA AQUI

Entre as reivindicações estão:

–  O comparecimento dos profissionais de saúde nas UBS nos dias de sábado e feridos não deve ser obrigatório, embora possa ser oferecido para profissionais que se dispuserem voluntariamente. Caso aceitem, deve ser realizado pagamento como hora extra (com adicional de 100%). Caso não haja profissionais suficientes, devem ser contratados profissionais plantonistas, portanto, a possibilidade de funcionamento de cada serviço deve ser individualizada conforme recursos; 

– Ofereçam possibilidade de pagamento em horas extras aos profissionais que possuem banco de horas, sem, no entanto, obrigá-los a trabalhar essas horas e reestruturando a contratação de profissionais para períodos de emergência epidemiológica; 

– Respeitem trabalhadores de saúde, informando com antecedência viável e sempre de forma oficial sobre a abertura de unidades em finais de semana e feriados; 

– Ampliem os recursos humanos das UBS do município para esse momento de epidemia de Influenza e reponham urgentemente insumos medicamentos essenciais para o ate

ndimento de sintomas respiratórios e para manutenção de medidas higiênicas dentro dos serviços de saúde; 

– A gestão da SMS deve fiscalizar e organizar a atuação das OSS para que trabalhadoras e trabalhadores de saúde de todo o município recebam uma resposta unificada das OSS, pois profissionais contratados por OSS oferecem serviços e cuidados em saúde para a 

população do município de São Paulo e observam severas divergências nos serviços geridos por OSS distintas; 

– Espaço de diálogo permanente entre representantes de profissionais de saúde (sindicatos, instituições de categorias profissionais) e gestão (SMS, coordenadorias regionais de saúde e OSS), com periodicidade mensal. 

A carta destaca ainda que os trabalhadores que estão no SUS o fazem porque acreditam no compromisso com a assistência à população num país desigual e socialmente desmantelado, hostil. “No entanto o que recebemos em troca é a aridez de um trabalho insalubre, exploratório, descaracterizado de sua função cidadã e alienado de seus próprios benefícios e direitos.

Destaca ainda que mais contratações são urgentes, assim como estrutura física adequada nas unidades. “Precisamos da garantia dos nossos direitos a uma remuneração justa e do nosso descanso. Precisamos que a população saiba que do outro lado daquela fila interminável do serviço de saúde, tem um trabalhador, exausto, abandonado pela Prefeitura e pelas OSS. Precisamos do apoio daqueles de quem sempre estivemos ao lado prestando assistência, ainda que na adversidade”.

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