Quatro ministros e a pandemia mais forte. De quem é a culpa?

 Quatro ministros e a pandemia mais forte. De quem é a culpa?

Uma pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 15 e 16 de março, pergunta quem é o culpado pela situação atual da pandemia. Indicam o presidente, 43%; governadores, 17%; prefeitos, 9%; população, 6%: ninguém, 11%; todos, 5%; e 6% disseram não saber quem é o culpado.

A pandemia faz aniversário no Brasil e o país atravessa o pior momento, chegando a quase três mil mortes por dia e sem perspectiva de superá-la. Segundo a Fiocruz, o Brasil passa pelo maior colapso sanitário e hospitalar da história. No dia 16 de março, o Distrito Federal e 24 estados estavam com taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%. Nas capitais, 19 tinham taxa de ocupação superior a 90%. Vários estados já passaram de 100%, com filas de espera e pessoas morrendo em casa ou nos corredores de enfermaria por falta de um leito.

O Brasil virou o epicentro da global da Covid e não há perspectiva de melhora. Já passaram três ministros pelo Ministério da Saúde e a situação piora a cada dia.

O chefe deles quer ser ele próprio o ministro. Demitiu Mandetta que tentava coordenar o combate à Covid-19 com um plano nacional articulado com os estados, mantinha a população informada, defendia campanhas de orientação.

Contratou Teich que durou um mês no ministério da Saúde, não aguentou ser fantoche e pediu demissão.

Depois veio Pazzuello, general especialista em logística que não consegue fazer um plano para entregar alguns milhares da vacina pelo Brasil; que deixou faltar oxigênio em Manaus para atender quem não conseguia respirar.

Agora, pressionado pelas mortes que não param de aumentar, demitiu Pazuello mas ainda não nomeou o novo ministro, dando tempo para que o general organize sua papelada no ministério na tentativa de evitar os processos de responsabilidade pelos crimes que cometeu à frente da pasta.

Toda crítica feita aos Ministros que passaram pela Saúde, principalmente em razão de sua incompetência é correta, mas sabemos que a responsabilidade pelo genocídio que está ocorrendo no Brasil é de Bolsonaro. Ele é quem manda, só contrata quem obedece.

Bolsonaro já demonstrou que não está preocupado com a vida dos brasileiros. Só pensa em manter a polarização, visando a eleição do próximo ano. Fez uma pequena flexão quando o ex-presidente Lula recuperou os direitos políticos porque sabe que enfrentá-lo é mais difícil.

O ex-presidente Lula, desde que reassumiu seus direitos políticos, faz contato com líderes mundiais tentando facilitar o acesso dos brasileiros às vacinas. Governadores se esforçam para comprar. Mas todos precisam esperar porque não existe vacina pronta para ser entregue. Ninguém sabe quando haverá doses suficientes para todos. Quando teve oportunidade de adquiri-las, Bolsonaro fez campanha contra a vacinação e o resultado é que, hoje, os brasileiros a recebem a conta-gotas.

Diante disso, não há como ter esperança de superar a crise sanitária com Bolsonaro à frente do país. Ele não governa, é incapaz e não tem vontade política para resolver. Sua popularidade começa a cair, mas ainda é apoiado por parcela significativa dos brasileiros. Até quando?

Alguém precisa avisar Bolsonaro que mortos não votam.

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