Santa Casa de São Paulo: nova mesa na Superintendência Regional mantém pressão para resolução das pendências

Os diretores do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), Ana Firmino e Péricles Batista, acompanhados da advogada Gisele Costa, estiveram na Superintendência Regional do Trabalho para ouvir da administração da Irmandade Santa Casa de São Paulo se há algum posicionamento em relação as pendências com trabalhadores.
De acordo com o advogado da Instituição, Valter Galenti, ainda está em andamento o processo de empréstimo com instituições financeiras privadas.
Com relação a demissão em massa, a assessoria da Superintendência da Santa Casa afirmou que nenhum contrato de trabalho será rescindido antes que todos os débitos referentes a remunerações e 13º salário sejam sanados. Do projetado, 60% serão trabalhadores do setor administrativo e 40% da assistência e apoio, mas ainda haverá novas avaliações.
“Nós tinhamos a preocupação desses trabalhadores serem prejudicados mais uma vez, pois além dos atrasos financeiros decorrentes de todo esse período ainda perderiam o vínculo de trabalho sem a garantia de verbas rescisórias efetivas”, comentou Ana Firmino.
O superintendente Irineu Massaia pediu um voto de confiança e ponderou que todo valor arrecadado pela Instituição será destinado a quitação de pendências trabalhistas. Informou ainda que a Santa Casa de São Paulo só não chegou a uma situação mais crítica (fechamento) pela união dos trabalhadores, da sociedade e da atual gestão que vem trabalhando para restabelecer a saúde financeira.
“Alternativas devem ser apresentadas para que as Entidades possam deliberar junto a sua categoria qual ação tomar. Nós não abrimos mão das negociações em parceria com o Ministério do Trabalho até que tudo isso seja finalmente resolvido. E pontuamos, mais uma vez, que as multas por cada dia de atraso não serão descartadas, vamos seguir cobrando”, finalizou Péricles Batista.
SITUAÇÃO: 669 colaboradores da administração própria estão sem receber o salário de novembro, dentre eles, em torno de 20 enfermeiros (auditores e com cargos de chefia).
O 13º salário foi pago parcialmente (parcela fixa de R$300,00) para os trabalhadores com salário de até R$3.000,00.
Ao final da reunião, acordou-se a criação de grupos de trabalho individuais com os Sindicatos para discutir questões pontuais de cada categoria. O SEESP fará o primeiro encontro na Santa Casa de São Paulo no dia 10/02 às 11h