SEESP entra na luta contra a privatização da Sabesp

 SEESP entra na luta contra a privatização da Sabesp

Foto: Arquivo Sintama

Quem trabalha com saúde, como os enfermeiros, sabe melhor do que ninguém a importância da água e do saneamento básico, o quanto são fundamentais, tanto para desenvolver suas atividades como para prevenir doenças. Além disso, estudos mostram que cada R$1,00 investido em saneamento, gera economia de R$4,00 na saúde.

Mas parece que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não sabe disso e quer a todo custo privatizar a Sabesp, empresa que atende a população do Estado com eficiência e é lucrativa. Ser lucrativa é um dos motivos de Tarcísio querer entregar para a iniciativa privada. Ele faria caixa e seus amigos encheriam os bolsos à custa da população.

Água e saneamento básico não são mercadorias que devem dar lucro em primeiro lugar; são bens públicos indispensáveis à população, que deve ter direito ao acesso. Você imagina uma empresa privada investindo para levar saneamento básico a uma comunidade onde as pessoas não têm dinheiro para pagar?  

Exemplos mundo afora e também aqui no Brasil mostram que não dá certo privatizar a água. De acordo com um mapeamento feito por onze organizações majoritariamente europeias, da virada do milênio para cá foram registrados 267 casos de “remunicipalização“, ou reestatização, de sistemas de água e esgoto. Isso aconteceu em cidades como Paris, Berlim, Budapeste. Maputo e La Paz.

A pesquisadora Satoko Kishimoto, uma das autoras da pesquisa publicada afirma que a reversão vem sendo impulsionada por um leque de problemas reincidentes, entre eles serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes. Ela é coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda.

“Em geral, observamos que as cidades estão voltando atrás porque constatam que as privatizações ou parcerias público-privadas (PPPs) acarretam tarifas muito altas, não cumprem promessas feitas inicialmente e operam com falta de transparência, entre uma série de problemas que vimos caso a caso”, explicou Satoko à BBC Brasil.

No Brasil, temos o exemplo do Rio de Janeiro, de onde vem o governador Tarcísio. A Cedae, empresa de saneamento, foi privatizada e hoje a população consome uma água sem qualidade, contaminada por uma bactéria chamada Geosmina, que deixa cheiro forte, coloração turva e um gosto desagradável na água. Em 2020 isso causou uma séria crise hídrica naquele estado, e volta e meia essa situação se repete no Rio de Janeiro.

Não queremos isso para a população de São Paulo. Queremos água limpa e disponível a todos!

Lutamos juntos

Por entender que a água não deve ser privada, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo entra na luta, cerrando fileiras juntos aos trabalhadores da empresa e à população que já se manifestou em plebiscito contra a privatização.

Convidamos a todas a assinar e divulgar o Abaixo assinado contra a privatização da Sabesp, acessando este link:

https://guilhermecortez.com.br/acontavaichegar/

 

Audiência Pública na Alesp

No próximo dia 16, estaremos juntos para participar de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa. Participe você também:

Presença de representantes do governo do Estado
Dia 16 de novembro, 14h
Local: Plenário Juscelino Kubitschek
Avenida Pedro Álvares Cabral, 201

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