SEESP faz reunião com secretário de Saúde de Santos

Na sexta-feira (10), a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), Solange Caetano, acompanhada da diretora, Elaine Leoni, e da coordenadora da subsede da CUT Baixada Santista, Anuska Schneider, esteve reunida com o secretário municipal de Saúde de Santos, Fábio Alexandre Fernandes Ferraz.
No encontro também estavam presentes a colaborada da subsede do SEESP de Santos, Rita Rodrigues, e as enfermeiras Priscila e Carolina, representando os trabalhadores.
Solange iniciou o encontro apresentando todos os presentes, elogiados pelo secretário, que destacou a importância da presença do Sindicato e do trabalho da categoria, principal pilar de sustentação na assistência de saúde. “Destacamos que a nossa visita tinha o objetivo de retomar as negociações sobre a jornada de trabalho em 30 horas semanais para a Enfermagem, uma vez que na gestão anterior o prefeito havia assumido o compromisso de trabalhar para tornar essa carga horária uma realidade, e isso não aconteceu”, comentou.
Também foi pontuada a questão da sobrecarga dos profissionais e o acompanhamento do trabalho realizado pelo sindicato dos municipais em relação a greve, mas que a pauta dos enfermeiros tem suas especificidades, tendo que ser tratada em separado.
A enfermeira Priscila, representando a comissão dos trabalhadores, informou que o grupo entendia não ser o momento para discutir as 30 horas por conta da dificuldade que o município de Santos tem passado. O secretário, por sua vez, afirmou que a pauta principal é o reajuste do salário, que todos os anos tem ocorrido com base na reposição do INPC acredito de aumento real, mas que esse ano a Prefeitura não conseguiria atender essa demanda. “Mas isso se trata de uma discussão da gestão com os servidores municipais”, comentou Solange.
Sobre as 30 horas, Fábio alegou que possivelmente no segundo semestre o projeto de lei que regulamenta a carga horária dos profissionais de Enfermagem deve ser aprovado. “Temos todo interesse em discutir essa questão, mas neste momento ainda não há condição financeira para isso”, acrescentou.
“Nós entendemos que o debate sobre a jornada deve ser realizado agora sim! Pois dessa forma conseguimos incluir essa alteração na próxima previsão orçamentária e já haverá um planejamento financeiro para essa implantação”, afirmou Elaine Leoni.
Solange Caetano propôs a criação de um grupo de trabalho com agenda anual com representantes do Sindicato, do Conselho Regional de Enfermagem, dos trabalhadores e da Secretaria Municipal de Saúde. “Também nos dispomos a levantar um estudo com o DIEESE sobre jornada de trabalho, número de trabalhadores, tipo de pacientes, entre outros itens, específico para Santos que ajudará na implantação da carga horária”, finalizou.