Nesta quinta-feira (13) teve início a greve dos funcionários do Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB), deflagrada pelo Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), com apoio do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP). Nesta manhã, funcionários tomaram uma faixa da Rodovia Castelo Branco e seguiram em protesto até chegar na entrada do Hospital. Houve prisões e retaliações a mando do prefeito Rubens Furlan.
O SEESP, representado pela diretora Josefa Bezerra, marcou presença no protesto, solicitando que houvesse a liberação de uma das faixas da Rodovia Castelo Branco para que houvesse o protesto pacífico. A prefeitura não respeitou o direito a greve, agindo de forma truculenta e causando a prisão do diretor do SUEESSOR, Flávio Oliveira Bezerra, e uma funcionária da saúde. Flávio foi dispensado após a desobstrução da rodovia.
“A greve está em grande quantidade, os trabalhadores aderiram muito bem, mas tivemos essa infelicidade de estar prendendo um dos diretores da saúde, o que é um grande desrespeito ao trabalhador que luta por seus direitos, em uma greve legal”, comentou a diretora Josefa.
Além das prisões, foi apreendido o carro de som que acompanhava o movimento.
O hospital era gerido pela Organização Social Instituto Hygia até março do ano passado, sofreu intervenção do então prefeito Gil Arantes e teve o contrato rescindido por Furlan, que vai passou a gestão para a SPDM, o que levou ao desligamento dos 1,3 mil funcionários. Questionado sobre os protestos, o atual prefeito desdenhou dos trabalhadores ao afirmar que “podem protestar o quanto quiserem Se fizerem greve, em 20 minutos substituo todos, porque nós temos capacidade para isso.”
“Estamos amparados pela Lei da Greve (Lei nº 7.783/89), ou seja, o sr. prefeito não pode contratar nem demitir. O que ele faz é um abuso com os trabalhadores da saúde, por isso não devemos ficar calados. Vamos apoiar a greve até que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados”, afirmou a presidente do SEESP, Solange Caetano.




