Vivemos um momento de euforia no domingo passado dia 17/01, quando a Anvisa aprovou duas vacinas contra a Covid-19. Mônica Calazans foi a enfermeira que recebeu a primeira dose no país. Hoje, nos damos conta que mesmo com a aprovação, a quantidade produzida não será suficiente nem para a totalidade dos profissionais de saúde, quanto mais de toda a população brasileira.
Além das 6 milhões de doses importadas pelo Butantã, receberam a aprovação emergencial 2 milhões de doses produzida pela empresa Astrazeneca, que tem parceria com a Fundação Osvaldo Cruz. Depois de um atraso de duas semanas, parece que chegam ao Brasil nessa sexta, vindas da Índia.
A importação das vacinas prontas ou dos insumos para produzi-las no Brasil é fundamental para o Plano Nacional de Imunização seguir a diante. Mas essa é uma missão de difícil concretização, pois os repetidos ataques do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos à China, maior parceiro comercial do Brasil, faz com que o país asiático prefira atender, primeiro, os países com os quais mantém melhores relações diplomáticas. É bom lembrar que a matéria-prima de quase todas as vacinas é produzida região e que as retaliações desse país ao governo Bolsonaro podem significar muitas dificuldades para o nosso povo.
O Brasil também está sendo prejudicado pelo Itamaraty. As declarações e posturas desastrosas dos ministros de Relações Exteriores, Ernesto Araújo e da Economia, Paulo Guedes, são lamentáveis. Eles não têm uma fala coerente, diplomática, e são também responsáveis por atrasar a vacinação dos brasileiros. O próprio presidente Messias da Morte fez campanha contra a vacinação e só requisitou a Coronavac quando sua posição ficou insustentável e sem saída.
Até os países do Mercosul se cansaram dessas atitudes absurdas e nada diplomáticas. A Argentina vai produzir insumos e vacinas, mas não enviará doses para o Brasil porque a relação entre os governos é péssima.
Até membros do alto escalão bolsonarista vêm reconhecendo que os ataques à China travam a chegada dos insumos para as vacinas.
Até quando vamos pagar pela incompetência do legado Bolsonaro? É preciso remover esse governo para superar a pandemia e os problemas dela decorrentes, bem como para salvar os relacionamentos diplomáticos com vários países. Impeachment já!
