O SEESP tem sido contatado por muitos enfermeiros, procurando esclarecimentos sobre o Termo de Consentimento que precisa ser assinado para que possam ser vacinados com a Coranavac, vacina do Instituto Butantã desenvolvida em parceria com a empresa Sinovac.
Neste documento consta um questionário com dados de saúde do candidato e orienta para que o mesmo retorne para tomar a segunda dose da vacina.
O que tem causado apreensão na categoria é esse trecho que destacamos abaixo:
“Declaro que fui informado sobre a vacinação COVID-19 com a vacina CORONAVAC da Indústria Farmacêutica SINOVAC. Eu entendo que se minha vacina exigir duas doses terei de recebê-las para que se cumpra o esquema vacinal e ela seja eficaz. Esta vacina não passou pelo mesmo tipo de revisão que um produto aprovado ou liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No entanto, a decisão da ANVISA de disponibilizar a vacina é baseada na totalidade das evidências científicas disponíveis, mostrando que os benefícios conhecidos e potenciais da vacina superam os riscos conhecidos e potenciais. Eu entendo que não é possível prever todos os possíveis efeitos colaterais ou complicações associadas ao recebimento da(s) dose (s) da vacina. Também reconheço que tive a oportunidade de fazer perguntas e que essas perguntas foram respondidas de forma satisfatória. Eu entendo os benefícios e riscos da vacinação conforme descrito, caso eu apresente alguma reação moderada ou grave procurarei imediatamente uma unidade de saúde mais próxima”.
Os especialistas afirmam que não seria necessário um termo tão minucioso e que isso foi feito por exigência do governo federal, que até poucos dias era contra a vacina produzida pelo Butantã e colocava em dúvida sua eficácia, além de alardear que a mesma poderia ter muitos efeitos colaterais, o que em todo o estudo realizado no Brasil, não foi encontrado confirmado. Os únicos efeitos detectados são os mesmos de outras vacinas, nada mais do que ardência no local de aplicação, alguma dor de cabeça…. e só.
A técnica para produzir a Coronavac é de amplo domínio do Instituto Butantã: vírus inativado.
Por outro lado, o governo justifica a necessidade do consentimento visto que a Anvisa autorizou o uso emergencial devido a estarmos em uma pandemia, processo diferente dos realizados com outras vacinas anteriormente.
A presidente do SEESP defende e reafirma sua confiança e credibilidade no Instituto Butantã, que tem uma vasta história em prol da ciência e da vida. É preciso que os Enfermeiros acreditem nos benefícios de se vacinar, afinal “a vacina é o principal instrumento e a nossa esperança para acabar com a pandemia”, finaliza.