Em meio à chegada da nova vacina contra a dengue, denominada QDenga, ao Brasil na próxima semana, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) ressalta a importância da imunização para combater a doença.
A vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda, inicialmente estará disponível exclusivamente em clínicas privadas. No Sistema único de Saúde (SUS) não há prazo para ser disponibilizada. A liberação depende da aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão que assessora o Ministério da Saúde na tomada de decisões desse tipo.
O valor de cada dose deve ficar entre R$ 301,27 e R$ 402,05, segundo preço tabelado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Em São Paulo, por exemplo, o custo máximo para o consumidor será de R$ 379,40 por dose.
Segundo as diretrizes da Anvisa, a vacina Qdenga é recomendada para indivíduos com idade entre 4 e 60 anos. Ela é administrada em um esquema de duas doses, com um intervalo de três meses entre as aplicações. A vacina é composta por quatro sorotipos distintos do vírus responsável pela doença e pode ser administrada em pessoas que já tiveram a dengue anteriormente.
Nos ensaios clínicos, mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.
Até então, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é recomendado somente para quem já foi infectado, protegendo contra uma possível segunda infecção, que, neste caso, pode se manifestar de forma mais agressiva e levar à morte.
Elaine Leoni, presidente do SEESP declara: “A vacinação é uma das principais estratégias para evitar a disseminação de enfermidades, trata-se de um marco significativo na luta contra a doença da dengue. É fundamental conscientizar a população sobre os meios de prevenção, principalmente as regiões mais afetadas”.
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