Orgulho que Resiste: a luta LGBTQIAPN+ é diária

28/06/2025

Por Elaine Leoni – Presidenta do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) e coordenadora do Comitê LGBTIQA+ Brasil da Internacional de Serviços Públicos (ISP).

Junho é o mês em que as cores da diversidade ganham mais visibilidade. No entanto, para quem vive a realidade LGBTQIAPN+ no mundo do trabalho — especialmente na área da saúde — os desafios são constantes. A resistência não cabe em um mês: ela se fortalece nas lutas diárias, visíveis ou silenciosas.

A atuação sindical é uma ferramenta poderosa no enfrentamento das violências e desigualdades estruturais. A população LGBTQIAPN+ ainda enfrenta exclusões, preconceitos e, muitas vezes, o silêncio das instituições. Por isso, seguimos na luta para garantir que todas, todos e todes tenham condições dignas, seguras e igualitárias de exercer sua profissão com respeito e liberdade.

Mais do que nunca, é essencial fortalecer a articulação entre os movimentos sindicais, sociais e políticos para enfrentar os ataques da extrema direita, que tenta avançar sobre os direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora e pelas populações minorizadas. É tempo de resistência e mobilização dentro e fora dos locais de trabalho, para barrar os inúmeros Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais de todo o país. Muitos deles representam verdadeiros retrocessos: tentam suprimir direitos, invisibilizar existências e apagar a diversidade que marca a sociedade brasileira.

Nossa luta ultrapassa fronteiras. Como coordenadora do Comitê LGBTIQA+ da ISP, acompanho de perto como a pauta da diversidade tem conquistado espaço em centrais e sindicatos ao redor do mundo. A experiência internacional mostra que só com organização coletiva conseguimos avançar.

🗣️“Não queremos apenas visibilidade em junho. Queremos respeito, reconhecimento e políticas reais todos os dias do ano. O orgulho precisa sair das ruas e ocupar as pautas das negociações, os acordos coletivos, as mesas de gestão. O sindicato é esse espaço de transformação.”

Junho pode estar terminando, mas a luta é contínua. Seguiremos ao lado da classe trabalhadora LGBTQIAPN+, garantindo que o nosso movimento não seja apenas celebrado — mas vivido com dignidade, respeito e igualdade em todos os espaços de trabalho e na sociedade como um todo.✊

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