Na quarta-feira (15) a Central Única dos Trabalhadores (CUT) juntamente com as entidades Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), CSP Conlutas – Central Sindical e Popular, Nova Central, Intersindical e vários sindicatos organizaram um ato contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no Brasil.
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) participou da manifestação, que teve sua concentração às 14h na Avenida Paulista, em frente ao edifício da FIESP. Diretores e membros da entidade se uniram aos outros manifestantes para protestarem contra a lei que permite que todas as áreas trabalhistas no país tenham profissionais terceirizados.
“O problema dessa lei é que ela permite que todas as áreas tenham mão de obra terceirizada, causando um retrocesso nos direitos já conquistados pelos trabalhadores, mão-de-obra mais barata, o que também significa possíveis demissões e uma precarização do trabalho”, comentou Ana Firmino, diretora do SEESP.
Como um símbolo do repúdio ao projeto, manifestantes queimaram bonecos que representavam o Deputado Paulinho da Força – Solidariedade, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, todos favoráveis à terceirização.
Os participantes do ato na Avenida Paulista se uniram, ao cair da noite, com outros manifestantes que estavam no Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 3,8 mil pessoas participaram da passeata, mesmo embaixo de forte chuva.
São Paulo não foi o único lugar a contar com protestos contra a terceirização, outros 23 estados e no Distrito Federal também ocorreram paralizações, manifestações e caminhadas com faixas e bandeiras contra o PL.
“O SEESP é contra esse projeto, pois ele visa proporcionar simplesmente o lucro dos empresários, que poderão demitir seus funcionários e contratar pessoas para receberem salários mais baixos. Além disso, não somos a favor, pois com a terceirização em massa, pode haver aumento do risco de acidentes, preconceito no ambiente de trabalho, menos concursos públicos entre outros pontos negativos. Se caso esse projeto passar na câmara e senado, só nos resta pressionar a presidente Dilma para que vete esse projeto”, completou Ana Firmino.












