O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de agosto, pacientes da rede pública poderão ser atendidos em hospitais e clínicas da rede privada de forma gratuita.
A medida permite que operadoras de planos de saúde quitem dívidas acumuladas com o Sistema Único de Saúde (SUS), não em dinheiro, mas prestando serviços diretamente à população.
O objetivo é ampliar o acesso e reduzir as filas na Atenção Especializada, especialmente em áreas como: oncologia, oftalmologia, ortopedia, ginecologia, otorrinolaringologia e cardiologia.
O paciente será avaliado na Unidade Básica de Saúde (UBS) e, quando houver necessidade de atenção especializada, será encaminhada uma solicitação à Central Pública de Regulação, que define se ele será direcionado a hospitais/clínicas privadas ou não.
Além disso, também foi anunciado que a partir de outubro, exames, diagnósticos, prescrições e tratamentos realizados tanto SUS quanto nos planos de saúde, serão integrados em um único sistema, o aplicativo Meu SUS Digital.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), Elaine Leoni, ressalta:
“Essa integração e ampliação de acesso fortalece a rede pública e valoriza o trabalho de Enfermeiras e Enfermeiros, que são essenciais em todas as etapas do cuidado. Sem os profissionais da categoria, não se faz saúde!”, afirma.
A previsão é que os primeiros atendimentos pela rede privada comecem nas próximas semanas. Com isso, o Brasil dá um passo concreto para desafogar a Atenção Especializada, promover mais equidade na saúde e tornar o sistema público mais eficiente do que já é.