SEESP repudia influenciador por vídeo machista sobre enfermeiras
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) vem a público manifestar seu total repúdio ao influenciador Thiago Schutzo, que recentemente divulgou um vídeo de teor machista e sexista em suas redes sociais, sexualizando a profissão de enfermeira.
Uma profissão predominantemente feminina, exercida com dedicação, conhecimento técnico e compromisso com a saúde. Além disso, a maioria dessas profissionais são responsáveis pelo sustento de suas famílias, sendo provedoras e exercendo um papel fundamental na sociedade.
Reduzir a profissão de enfermeira a estereótipos sexistas é inaceitável, desrespeitoso e desqualificante. Esse tipo de discurso perpetua a discriminação de gênero e alimenta a cultura do desrespeito, que precisa ser combatida com veemência
Entre 2020 e 2023, a Justiça do Trabalho julgou 419.342 ações de assédio moral e sexual. O número de processos sobre assédio sexual aumentou 44,8%, enquanto o de assédio moral cresceu 5%. Nos últimos três anos, os casos de assédio sexual cresceram 14,3%. Vale destacar que as mulheres são as principais vítimas desses abusos.
Em 2024, a violência afetou 27 milhões de mulheres no Brasil. Pelo menos 37,5% delas já sofreram algum tipo de violência física, sexual ou psicológica, de acordo com a pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto Datafolha.
Falas como essas, espalhados nas redes sociais, contribuem para a perpetuação de uma cultura de assédio e desrespeito, que afeta diretamente a segurança e o bem-estar das profissionais, tornando mais difícil a criação de um ambiente de trabalho mais igualitário e livre de discriminação.
O SEESP reafirma seu compromisso com a valorização das mulheres, em especial das enfermeiras, e exige que condutas como essa sejam denunciadas e rechaçadas.
O respeito e a dignidade não são negociáveis.
